Resiliente e iluminado

José Roberto Nardi Duarte, de 30 anos, nasceu em Catanduva, interior de São Paulo e chegou a praticar futebol e judô. Sua história no basquete começou com oito para nove anos, devido a influência dos seus pais, José Roberto e Rosângela. “Comecei a jogar basquete porque meu pai jogava e minha mãe dava aula no Nosso Clube, em Limeira,” conta o atleta.

Aos poucos Betinho foi se desenvolvendo na modalidade, com 15 anos seu pai era seu técnico no Nosso Clube de Limeira. “Meu pai pegava muito no meu pé, não tinha moleza por ser filho do técnico, pelo contrário, ele me cobrava muito. As vezes chegávamos em casa um bravo com outro, mas sempre deu certo e minha mãe sempre apaziguou tudo. Entre o sub 18 e 19,  meu pai foi  meu técnico também, mas nessa época eu já estava mais amadurecido,” revela o ala.

Sua primeira saída de Limeira, foi para jogar no Clube Esperia de São Paulo, onde seu atual técnico no Pinheiros, César Guidetti e o assistente Nelsinho treinaram-no durante um ano.

O atleta também conta da sua experiência de ter jogado na Itália com apenas 16 anos, no Clube Fortitudo, de Bolonha. “ Infelizmente as coisas não aconteceram de uma forma muito boa, senti muita falta da minha família e resolvi voltar para o Brasil”.

No adulto, Betinho já passou por grandes Clubes ao decorrer de sua grande carreira profissional. Defendeu as cores do Paulistano, Minas Tênis Clube, São José dos Campos, Caxias do Sul, Campo Mourão e Basquete Cearense.

Fase de superação – Comandando o ataque de Campo Mourão, Betinho se consolidou como um dos melhores jogadores do Brasil na temporada 2016/17. Mas no momento mais importante da temporada do NBB, o ala teve uma lesão  na ruptura do tendão do tríceps, no primeiro jogo da série contra o Vitória e ficou de fora dos Playoffs. “No começo tive medo de não conseguir voltar a jogar, fiz a cirurgia e caso acontecesse alguma complicação, corria o risco de ter limitações no braço, o que dificultaria o arremesso. Estava no meu melhor momento na temporada, fui para o Jogo das Estrelas, fiquei em terceiro como cestinha do campeonato e segundo melhor ala,” destaca o atleta.

Após quatro meses de cirurgia, o jogador conta que fechou contrato com o Basquete Cearense e voltando a treinar, levou um choque no braço da cirurgia, onde regrediu tudo. “Fiquei assustado, mas fiz exames e não deu nada, porém levei mais tempo para voltar às quadras, ficando sete meses sem jogar”.

Amizade extra quadra –  Outro ponto extra quadra dessa época, foi sua relação com o Cauê Verzola. “Eu conheci o Cauê numa seleção sub-17 ou 18 que a gente pegou junto. Até então nós jogávamos contra, porque eu sou de Limeira e ele é de Franca. Como os times são da mesma região, a gente se enfrentava praticamente em todos os anos, tanto na nossa categoria, como na de cima. Na seleção acabamos ficando  muito próximos, treinávamos junto, fazíamos as coisas junto. E no Campo Mourão, onde tivemos a oportunidade de jogar pelo mesmo Clube, só aumentou a nossa amizade. Temos pensamentos parecidos, eu nem falo que é amigo, é um irmão pra mim, me ajudou muito nos momentos difíceis, sempre manda mensagem desejando bom jogo. Enfim, ele é como se fosse da família.”

Sua chegada no Esporte Clube Pinheiros, aconteceu em julho de 2018 e  o jogador conta os motivos que fizeram ele escolher defender o time paulista. “Primeiro era voltar pra perto da minha família, já que foram seis anos jogando longe de casa.  E em segundo porque em conversa com o técnico, analisei que o time seria bastante competitivo, que iriamos brigar por títulos. Terceiro, por já conhecer o trabalho do César e Nelsinho e por último, os jogadores de alto nível que iriam fazer parte da equipe.  Já conhecia o Isaac, o Renato, sabia como o Dawkins trabalhava, tinha uma apreço pelo Ruivo, fiquei animado de vir para o Pinheiros.”

Família sempre presente –  A família do atleta sempre está presente nos jogos no Villaboim, sua irmã Carol e a mãe Rosângela dificilmente perdem algum jogo do basquete pinheirense. O apoio  e a torcida da arquibancada é enorme a cada lance. “Ver minha família torcendo por mim pessoalmente nos jogos, faz toda a diferença. Em momentos ruins da minha carreira, sempre deram um jeito de estar comigo. De dois anos para cá, sinto que foi um período bom na minha vida, mesmo sofrendo a lesão e as dificuldades de recuperação tudo acabou muito bem. Mas por está longe da família, não pude aproveitar esses bons momentos com eles.”

Betinho também menciona sua avó com muito carinho, ele ressalta o quanto fica feliz de ver ela nos jogos e do seu entusiasmo quando a torcida vibra com seus chutes de três pontos certeiros e decisivos no jogo.

Torcedor do Knicks e São Paulo, o ala fala que nos tempos vagos gosta bastante de assistir jogos da NBA e futebol, ver séries, jogar vídeo game e ficar com o seu gato.

 

Jogo rápido 

Descreva o Betinho em uma palavra: Resiliência.

O que você odeia: Hipocrisia.

Família é: Tudo pra mim.

Comida preferida: Strogonoff.

Time do coração (qualquer esporte):  São Paulo.

Ídolo no esporte:  Manu Ginóbili.

Um sonho: Ter filhos.

O que te inspira: Ver minha mãe torcendo por mim na quadra.

 

Playoffs vem aí!

“Playoff é um campeonato totalmente diferente, não vai valer nada tudo que a gente colheu até aqui, se não concretizarmos nos playoffs. Vejo o time com muita união, energia e confiança, temos que pensar um jogo de cada vez para alcançarmos o objetivo final, ” finaliza o camisa 26.

 

 

 


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