O Luciano Ramos, crítico de cinema, e Diretor Adjunto da mesma área no Esporte Clube Pinheiros, fez uma sugestão especialmente para os associados, que querem curtir um cinema em casa, nesse momento de quarentena.
O filme sugerido é vencedor do Oscar, Parasita!
Frequentes nos folhetins populares, as histórias de horror só adquiriram status de literatura em 1818, com Frankenstein da inglesa Mary Shelley. Ao lado de um grupo de jovens aristocratas, como o poeta Lord Byron, ela concebeu uma narrativa na qual o horror brotava do medo da morte e da doença — então amplificados pela peste, na qual a escritora perdera um filho recém-nascido. No Brasil, entretanto, essa modalidade começou a se nutrir de um novo tipo de aflição, de origem social: o terror da pobreza ou, melhor, dos pobres. O escritor pioneiro nessa vertente foi o paulista Aluísio de Azevedo, com O Cortiço de 1890. Porém, a sua mais recente manifestação artística é o coreano Parasita, vencedor do Oscar em Hollywood. Trata-se de uma interpretação caricatural e tragicômica do conflito entre as classes. Uma família de miseráveis se infiltra num lar da alta burguesia. Isso explica o título do filme que, aliás, lembra Avenida Brasil, novela de 2012 há pouco reprisada pela Globo. Aliás, segundo a revista Forbes, aquele foi produto mais bem-sucedido, em termos de renda e audiência, na história da TV brasileira. Foi exibida em 130 países e não é impossível que tenha sido assistida também…pelos coreanos.
Lembrando que o filme Parasita, de Bong Joon-ho, já está disponível em diversas plataformas de filmes em streaming!
Vale conferir!