Com dobradinha nos 100m livre e nos 50m costas masculinos e femininos, o segundo ouro de João e segunda prata de Altamir, duplo pódio nos 200m borboleta e 50m peito, Pinheiros encerra o terceiro dia em primeiro lugar
O terceiro dia de competições (19) no Parque Aquático Maria Lenk, foi produtivo para o Pinheiros. Com pódio em todas as provas do dia, o Clube avançou na competição encerrando a terceira etapa com 1.579,50 pontos e assumiu a liderança. O destaque foram os atletas dos 100m livre, que deram um show à parte, definindo a equipe que irá nadar o revezamento 4x100m no Pan-Pacific.
Nas eliminatórias da manhã, Pedro Spajari fez o segundo melhor tempo do mundo deste ano, com 47.95 nos 100m livre, dando indícios de como seriam as disputas da noite. Com quatro pinheirenses na final, a prova foi disputada braçada a braçada, com Gabriel Santos batendo na frente, também nadando na casa dos ’47 (47.98). Spajari fechou em 2º, com o tempo de 48.01.
A noite foi de duplo pódio para o Pinheiros. Nos 100m livre feminino, a dupla Larissa Oliveira e Manuella Lyrio conquistaram o ouro e a prata. Giovanna Diamante e Maria Pessanha também subiram no pódio, com o 1º e o terceiro lugar, nos 200m borboleta. Na versão masculina da prova, Luiz Altamir conquistou a sua segunda prata na competição.
Jhennifer Conceição confirmou o favoritismo nos 50m peito e ficou com o ouro, ao lado de sua colega de equipe Carolyne Mazzo, que conquistou o bronze. Na versão masculina dos 50m peito, João Gomes Jr. garantiu seu segundo ouro no campeonato. Nas provas de 50m costas, fechando o dia, Natalia de Luccas foi prata no feminino e a dupla de Guilhermes, Guido e Basseto, completaram com o ouro e o bronze no masculino.
Revezamento de respeito
Após as disputas da prova dos 100m livre, foi definido o revezamento 4×100 masculino que irá representar o Brasil no Pan-Pacific e três pinheirenses garantiram sua vaga: Gabriel Santos, Pedro Spajari e Marcelo Chierighini formam o time com Marco Antônio Ferreira, do Minas.
Gabriel comemorou muito o resultado. “A geração nova vem forte e isso é bom, é promissor para os próximos anos: o Mundial de longa, Tóquio 2020 e até Paris 2024. Tem gente nova vindo aí, tinha atleta com menos de 18 anos na final, então é muito bom”. O nadador, que vem se mantendo numa constante (venceu o Finkel e o Open 2016, o Maria Lenk, o Finkel e o Open 2017 e agora o Maria Lenk 2018), acredita que a prova dos 100m livre vem melhorando de forma geral e ser tornando mais forte. Ter vários atletas, inclusive do mesmo Clube, nadando forte, gera uma competição saudável e faz com que todos evoluam.
“Era um objetivo que eu tinha, desde que nadei os 48.11, queria nadar para ‘47’. Acho que o Pedro fez de manhã e me encorajou bastante e agora eu consegui, graças a Deus. Todo treino é uma competição e também temos o Cesar que é mais velho e passa bastante experiência para o grupo. Temos o Breno e o Caique que mais novos e todo mundo melhorou”, completa.
Pedro Spajari, apesar de não ter repetido o tempo da manhã nas finais, também teve motivos de sobra para comemorar. “Tenho que agradecer todo o trabalho do Albertinho, que me ajudou, me encorajou e me deu força para continuar. Há dois anos, a gente tenta abaixar a marca do ’48’, de manhã eu consegui e fiquei muito feliz, até porque não tinha dado meu máximo. Mas a gente sabe que de manhã é uma prova e a tarde é outra”.
Spajari ainda ressalta o trabalho em conjunto. “A equipe conta com a ajuda do Cesar (Cielo) e ele dá muita força, melhora muito a nossa técnica, é um trabalho em conjunto. A prova é individual, mas todo o trabalho é feito fora da piscina, com a ajuda dos preparadores, fisioterapeutas, nosso técnico, todo mundo está envolvido. Não só na prova de 100m livre como a equipe toda, está vindo muito forte e eu sei que ainda está cedo para falar, mas eu acho que para Tóquio 2020 temos grandes chances de medalhas”.
A voz da experiência
Sem ter nadado os 100m livre, Cesar Cielo acompanhou a atuação dos meninos na prova e ficou muito satisfeito com o desempenho dos seus “pupilos”. “Descobrimos qual é a briga da década da Natação! Eles são o Gustavo e o Xuxa do futuro, espero que continuem assim, desta forma saudável, um puxando o outro”, brinca o campeão olímpico.
Cielo ainda reforça ter gostado da formação do revezamento que irá para o Pan-Pacifico e que acredita que o Brasil possa conquistar um bom resultado.
“Este revezamento que vai para o “Pan Pac” é muito interessante. Tem o Marcelo (Chierighini) em quarto lugar, que é o mais experiente do grupo, um cara que tem 3, 4 finas de mundiais nas costas, temos os novos que estão abrindo caminho para os ‘47’ e agora o também o Marcão, que entrou ai no meio. É um revezamento que tem um equilíbrio bem legal. Vejo que eles têm tudo para ir lá e trazer uma medalha de ouro e tenho certeza que seria um bom passo para 2020”.
Confira os resultados do terceiro dia:
100m livre feminino
Larissa Oliveira – ouro (54.53)
Manuella Lyrio – prata (55.19)
100m livre masculino
Gabriel Santos – ouro (47.98)
Pedro Spajari – prata (48.01)
200m borboleta feminino
Giovanna Diamante – ouro (2:12.01)
Maria L. Pessanha – bronze (2:15.51)
200m borboleta masculino
Luiz Altamir – ouro (1:55.92)
50m peito feminino
Jhennifer Conceição – ouro (30.64)
Carolyne Mazzo – bronze (31.48)
50m peito masculino
João Gomes Jr. – ouro (26.85)
50m costas feminino
Natalia de Luccas – bronze (29.39)
50m costas masculino
Guilherme Guido – ouro (25.00)
Guilherme Basseto – bronze (25.24)
Crédito das Fotos: Ricardo Bufolin / ECP