Considerada uma das modalidades mais antigas, a Esgrima tem sua origem ligada à época da pré-história, quando o homem se utilizava de armas para ataque e defesa de animais. Com o tempo, foi sendo modificada, até chegar ao modelo que conhecemos hoje, em que são usadas armar brancas, que não oferecem risco aos seus praticantes. Um exemplo de que se trata de um esporte que pode ser praticado por qualquer pessoa, é cada vez maior o número de crianças e adolescentes que procuram a modalidade no Pinheiros.
Os irmãos Gabriela e Marcelo Ungaro estão entre as revelações da modalidade. Iniciando na Esgrima cedo, hoje eles já marcam presença em campeonatos como Brasileiro Infantil Interclubes/Torneio Nacional Pré-Cadete, realizado em março em Curitiba, e colecionam medalhas, usufruindo de vários benefícios que a modalidade pode oferecer.
“Comecei a praticar Esgrima com seis anos. O meu irmão já fazia, então fiquei interessada e comecei a ir junto. Com nove anos eu ganhei um ouro em campeonato brasileiro e depois consegui também alguns resultados em campeonatos paulistas”, comenta Gabriela Ungaro, hoje, com 13 anos.
Ela foi uma das atletas que representou o Pinheiros na competição de Curitiba e comemorou o seu resultado. “O ano passado eu não consegui nenhuma medalha, mas este ano fiquei com o bronze no florete. Esta competição foi importante, pois dependendo de como ficar no ranking, posso ir para o Sul-americano. Provavelmente vou ficar entre as cinco primeiras do ranking brasileiro”, explica a floretista.
Praticando a mesma arma que a irmã, o florete, Marcelo Ungaro também competiu o Brasileiro. E apesar de não ter conquistado uma medalha, fez uma boa competição. “Poderia ter ido um pouco melhor. No último combate, sabia como jogar contra o meu adversário, mas acabei não conseguindo colocar a estratégia que tinha pensado em prática e fiquei em quinto”.
Hoje com 14 anos, Marcelo pratica esgrima desde os sete. Ele acredita que o esporte porte ajudar de várias formas, independente de chegar até o alto rendimento ou não. “Antes eu fazia Futebol. Como o campo fica de frente para o Ginásio da Esgrima, sempre passava e ficava olhando. O Guennadi (um dos técnicos do Pinheiros) percebeu e perguntou se eu não queria fazer aula. Resolvi fazer um teste, acabei gostando e troquei o Futebol pela Esgrima”, conta.
“A Esgrima ajuda em muita coisa. A ter mais reflexos, mais atenção, todos os benefícios da atividade física em si, além de fazer amigos. Por enquanto, para mim, é só uma prática esportiva, mas quem sabe eu posso continuar tendo bons resultados e chegar até uma Olimpíada”, completa o atleta.
