Guilherme Oliveira, planejando tornar-se especialista, sonha em ser campeão nas argolas

Com 23 anos, Guilherme que está no Clube desde a infância e que já foi campeão nas argolas na categoria juvenil, sonha em repetir o título também no adulto

Guilherme Pinheiro Oliveira, hoje com 23 anos, construiu praticamente toda sua trajetória na ginástica artística dentro do Esporte Clube Pinheiros. Seu primeiro contato com o esporte na verdade, não foi diretamente com a ginástica, mas não demorou muito para que fossem apresentados.

“Eu comecei na capoeira, fiz mais ou menos um ano. Daí por influência dos meus pais e do povo da capoeira, que falavam que eu levava jeito para a ginástica acabei indo para um projeto da Prefeitura do Tatuapé, onde eu morava, treinei dois meses lá e fomos para uma competição na USP. Chegando lá um dos árbitros era técnico do Pinheiros, o Batata, e ele acabou chamando para fazer um teste no Clube. Inclusive não só eu, mas o Arthur Nory também estava nesta competição e foi comigo. O teste deu certo e estamos no Pinheiros até hoje”.

Na época o atleta tinha entre 8, 9 anos e conta que apesar de no começo ter ido muito mais por influência da família e amigos, quando percebeu já amava a ginástica. Ele relembra um dos momentos que marcaram o seu início de carreira, o primeiro campeonato brasileiro do qual participou, quando estava com 10 anos. E apesar de ter ido apenas para ganhar experiência, sem muitas expectativas de resultados, fez os seus olhos brilharem e se encantar ainda mais pelo mundo do esporte.

“Marcou porque foi a minha primeira viagem de avião, porque eu estava viajando com os meus amigos e o meu técnico, por ter ficado em um hotel. Ter tido esta experiência tão novo, foi marcante”.

Momentos memoráveis

O ginasta teve sua primeira convocação pela seleção brasileira, no juvenil, em 2013, para participar do Berlim Team Camping. “Era meio que um Mundial Juvenil na época e as disputas eram por equipe e o individual geral, a nossa equipe ficou em terceiro. Nós estávamos em quatro atletas, sendo que três eram aqui do Pinheiros: Eu, o Ângelo e o Thiago, o outro menino era o Lucas, do Sul. E o Batata era o técnico da equipe, então teve um gostinho especial”.

Como resultado pessoal, Guilherme destaca o Campeonato Brasileiro de Especialistas em 2017, realizado no Rio de Janeiro, onde ele foi o terceiro lugar nas argolas. “Ter ficado no pódio ao lado de um medalhista olímpico, o Arthur Zanetti, que é uma referência nas argolas, par mim foi muito importante. Quero estar lá novamente e se eu ficar em segundo agora, já será uma evolução”, declara o pinheirense que também irá representar o Clube na edição deste ano do Brasileiro de Especialistas que acontecerá entre os dias 5 e 9 de junho.

Já sobre os resultados por equipe, o atleta relembra as três últimas edições do campeonato brasileiro, onde o Pinheiros foi campeão, mas reforça que o ano de 2016 teve um “gostinho” especial.

“Ganhamos 2016, 2017 e 2018 e agora pretendo ganhar 2019 também. Mas a de 2016, que foi a primeira em casa, foi bem legal. Por conta da torcida, por ser em casa e ainda mais depois das Olímpiadas e o Chico e o Nory, que foram para os Jogos, estavam com a gente, foi bem marcante. Nós estávamos atrás e fomos nos superando a cada aparelho e acabamos vencendo, foi bem legal”.

Próximos passos

Já pensando na continuidade de sua carreira, o ginasta pinheirense se formou em educação física, no ano de 2018 e atualmente além de treinar e fazer parte da equipe principal do Clube, também dá treino para uma turma de meninos entre 9 e 12 anos. “Eu comecei a estagiar bem cedo aqui, em 2015, agora estou definitivo como treinador.  Agora que eu sou formado consigo diferenciar bem as duas funções. É bem legal, só é difícil acompanhar o ritmo deles e eu aprendo mais com eles do que eles comigo. É divertido trabalhar com crianças desta idade, mas também na hora que tem que ser duro eu cobro bastante”.

O atleta relembra a relação que construiu com seus técnicos, já que também chegou no Pinheiros bem novo e hoje com 23 anos continua treinando e aprendendo com eles. Se espelhando na sua experiência, também pretende fazer o mesmo com a turma em que assumiu. “É uma relação bacana que eu desenvolvi com os meus técnicos e agora passo para eles”.

Sobre seus objetivos ainda como ginastas, ele destaca o sonho de ser campeão naquele que é o seu principal aparelho, as argolas. “Já consegui no Juvenil e agora quero ser campeão das argolas no adulto, o páreo é duro, mas estou focado nisso ”. Ainda afirma que pretende continuar um bom tempo competindo como atleta, mas acredita que não fazendo todos os aparelhos. “Até i ano que vem pelo menos, acredito que faço tudo, depois pretendo ficar treinando só as argolas. Meu plano é me tornar um especialista”.

Guilherme destaca que para este ano seu foco é a preparação tanto para o campeonato de especialistas, quanto para o brasileiro por equipe que acontecerá em agosto, onde ele quer ajudar o Pinheiros a conquistar o hexacampeonato. Ele ainda destaca que a base do Pinheiros vem se formando muito bem e que acredita que para o próximo ciclo, o Clube contará com uma boa “safra”.

“O ano que vem eu posso estar dentro da equipe ainda, mas acredito que depois nós temos os juvenis que estão vindo muito bem e conquistando espaço.  A equipe vai estar bem encaminhada, não vão mais precisar do Guilherme para todos os aparelhos”, o ginasta brinca.


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