Associados conquistam bolsas de estudo fora do País e têm uma formação de excelência, aliada à prática esportiva.
Investir no esporte e garantir um diploma. As bolsas esportivas abrem portas para os atletas em graduações estrangeiras – na mala, para estudar fora, além dos livros didáticos e da vontade de aprender, vai o desejo de disputar campeonatos defendendo a faculdade.
Bolsas são oferecidas para esportistas de vários níveis e nem é necessário ser um atleta de alto rendimento. Para ingressar em uma universidade norte-americana é preciso ter um histórico escolar de boas notas durante o ensino médio, prestar o exame de idioma inglês, o TOEFL, e o teste SAT, um exame padrão, semelhante ao ENEM, e se tiver uma longa vivência em esportes, ganha preferência.
Marcelo Dib conseguiu bolsa de estudos por meio do Tênis
Do ECP para o mundo
Nas quadras de saibro do Pinheiros, o atleta Marcelo Monteiro Dib, 20 anos, desenvolveu o talento no Tênis até conquistar a bolsa na Universidade de Illinois, em
Chicago. “A ideia de estudar fora sempre esteve na minha cabeça e virou uma realidade quando comecei a fazer os exames preparatórios para as faculdades nos EUA”, afirma o estudante do terceiro ano de Finanças e Economia.
O esportista universitário conta que o Tênis foi fator-chave para que pudesse fazer uma graduação fora do País. A dedicação à modalidade, somada ao esforço debruçado nos livros, contaram muitos pontos para realizar esse objetivo. O processo
seletivo consiste em provas no idioma inglês, de conhecimentos específicos e testes no esporte.
“A rotina de um student-athlete é cheia. Além das quatro horas de treino por dia, ainda há as tarefas escolares. Os jogos defendendo a faculdade são intensos e a competitividade é alta. Viajar para jogar e perder aulas atrapalha um pouco os estudos, é preciso se esforçar para conseguir boas notas”, revela Dib.
Apesar da rotina corrida, o pinheirense afirma que é possível aprender a gerenciar o tempo e conciliar os estudos com a prática do Tênis. “Planejar com antecedência e fazer todas as tarefas escolares é um quebra-cabeças que tem de ser resolvido
todo começo de semana”, completa o bolsista.
Thomaz Freitas levou seu talento no Futebol para Indiana, EUA
Sonhos realizados
A vida universitária do atleta associado Thomaz Freitas, 22 anos, começou nos campos de Futebol pinheirenses. Devido à dedicação aos chutes, dribles
e gols, conquistou a bolsa de estudos e hoje é recémgraduado pela Universidade Notre Dame, em Indiana, Estados Unidos, no curso de Administração e Marketing.
A paixão pelo esporte começou cedo: aos quatro anos já jogava bola com o pai. Aos seis, passou a praticar no Clube. Com apenas sete anos jogava pelo Sub-9,
competindo nos campeonatos interclubes. “O sonho de jogar profissionalmente só aumentava. Pelo Pinheiros, foram muitos os campeonatos, incluindo torneios
internacionais nos Estados Unidos, Paris, Suécia, Barcelona e Finlândia”, relembra.
Não demorou muito para unir o talento esportivo à vontade de estudar fora do Brasil. Freitas conta que conseguir a bolsa por meio do Futebol serviu como uma porta de
entrada, pois seria mais difícil bancar sozinho todo o custo da Universidade, que pode chegar a US$ 50 mil por ano.
No caso do pinheirense, a partida de Futebol não terminou com a conclusão do curso na Universidade. O associado pretende continuar jogando profissionalmente. “A vontade continua viva e vou treinar até a próxima oportunidade aparecer. Acabei de ser convidado para ser assistente técnico e diretor de operações do time de Futebol
em Notre Dame, em que joguei e era capitão, e então comecei, em agosto, a temporada 2017”, comenta.
Fotos: Arquivo Pessoal