Entrevista Jon Secada – Abril 2018

Jon Secada

Com 16 álbuns lançados, 20 milhões de cópias vendidas pelo mundo e atuações na Broadway, o cantor cubano (radicado nos Estados Unidos) prova que o sucesso não parou na década de 1990.

Aos 55 anos, o artista eternizou hits como Angel, Just Another Day, I’m Free e Do You Believe In Us? e recentemente ganhou o seu terceiro Grammy com o álbum To Beny Moré With Love (2017). Em uma apresentação especial que passeará pelos seus 25 anos de carreira, o intérprete apresenta no Rock & Dance a latinidade romântica que o transformou em um fenômeno. Antes, Jon Secada conversou um pouco sobre sua carreira, o sucesso da música latina e se surpreendeu com o ECP.

Você gravou o seu primeiro DVD no Rio de Janeiro, em 2010. Por que escolheu o Brasil e qual é a sua relação com a música brasileira?
Quando a Som Livre me convidou para fazer um DVD ao vivo, eles sugeriram o Rio. Achei uma ótima ideia, o Rio é uma cidade maravilhosa. Toda vez que visito o Brasil, aprendo mais sobre a música e os artistas brasileiros.

A música brasileira já influenciou sua carreira de alguma forma e com quais artistas gostaria de trabalhar?
Gosto de combinar vários estilos nas minhas músicas. O samba brasileiro e os instrumentos de percussão que são próprios desse ritmo têm sido uma parte importante do meu som. Já trabalhei com a Daniela Mercury, e adoraria trabalhar com artistas como Alexandre Pires e o grande Roberto Carlos.

Em entrevista, você disse que os fãs brasileiros são os mais apaixonados do mundo. Por que e como é a sua relação com esse público?
Acho que a paixão dos fãs brasileiros vem de sua intensidade. Meus perfis nas mídias sociais são ótimos para manter contato com meus fãs.

Você iniciou a carreira em 1992, com um disco que vendeu seis milhões de cópias. Esperava esse acontecimento logo no início e qual é a sua relação com o sucesso?
A última coisa que esperava é que meu álbum de estreia tivesse o tipo de sucesso internacional que obteve. Eu demorei para sentir o peso da minha popularidade. Penso no meu sucesso como uma benção, e nunca o subestimo.

Você é conhecido por imortalizar clássicos como Just Another Day, Angel, I’m Free. Qual é a sua relação com essas músicas e como é cantá-las até hoje?
Escrevi todas essas músicas por volta da mesma época, com o mesmo compositor. Espero poder continuar cantando essas músicas pelo tempo que os meus fãs desejarem.

Você também lançou trabalhos novos como o tributo com o qual ganhou o Grammy, To Beny Moré With Love, em 2017. Como faz para criar um repertório que mistura os clássicos com as canções novas e agradar aos fãs?
Eu gosto do fato de que, neste ponto da minha carreira, posso embarcar em novos projetos para explorar diferentes aspectos das minhas influências. Até agora, meus fãs têm gostado das minhas novas ideias.

O que esse show que você fará no Clube Pinheiros tem de especial?
O próximo show no Clube Pinheiros será uma retrospectiva dos 25 anos da minha carreira, tanto como artista quanto como compositor.

O ECP é o maior clube poliesportivo da América Latina. Você conhecia? Qual sua relação com o esporte?
Eu não sabia da extensão do Clube Pinheiros. Quando se trata de esportes, sou fã de muitas modalidades e, pessoalmente, segui uma rotina rigorosa de exercícios por muitos anos.

Como você vê o momento da música latina no mundo hoje? E quais novos artistas indicaria?
Acho que a explosão da música latina hoje é um reflexo da influência da cultura latina em todo o mundo. Conheço Luis Fonsi há anos, e sabendo o quão talentoso ele sempre foi como cantor, tenho grande respeito pelo seu recente sucesso.

No início dos anos 90, você abriu portas para muitos artistas latinos. Como foi essa época? Você percebeu que estava fazendo história?
Acho que ninguém na indústria poderia ter previsto o sucesso de artistas latinos trabalhando com “crossover” na década de 1990. Tenho a honra de ter sido uma parte desse processo.

Após 25 anos de carreira o que mais mudou no Jon Secada?
Sinto que não mudei muito, exceto, é claro, por estar envelhecendo. Ainda tenho a mesma paixão pela música e pela vida que sempre tive.


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