Times masculino e feminino conquistaram a principal competição nacional e fizeram a festa diante da torcida azul e preta neste domingo (1º/12).
O Pinheiros conquistou os títulos masculino e feminino da Liga PAB – Polo Aquático Brasil – neste domingo (1º/12) em sua piscina olímpica coberta diante de uma torcida que lotou a arquibancada e comemorou ao lado de seus ídolos. A final feminina foi dramática, com o duelo contra o Flamengo decidido apenas nos pênaltis (3 a 2) após empate por 11 a 11 no tempo regulamentar. Para os homens, o bicampeonato veio com a vitória por 12 a 9 sobre o rival Sesi-SP.
As duas finais foram marcadas por disputas equilibradas. Na decisão masculina, o Pinheiros só se ajustou a partir do terceiro quarto. O time comandado por Roberto Chiappini contou com os reforços de Grummy, que atua na Espanha, e de Rafael Vergara e Bruno Chiappini, que jogam na Califórnia (EUA). Entre as meninas, Mariana Rogê, também vinda da Califórnia, contribuiu para a conquista.
Os dois goleiros pinheirenses fizeram a diferença nas finais. Egon superou os chutes do Sesi-SP, principalmente no primeiro tempo, quando o adversário se manteve à frente no placar em vários momentos. O título feminino veio após defesa de Tathiana Pregolini no último pênalti cobrado pelo Flamengo. Tathiana foi a goleira menos vazada do torneio com 65 gols, enquanto Diana Abla, também do Pinheiros, foi a artilheira com 27 gols.
Nas semifinais, disputadas na véspera, o masculino passou pelo Fluminense (8 a 5) e o feminino, pela ABDA (13 a 10). “Estávamos buscando essa dobradinha há tempos. Finalmente ganhamos com os dois times. Foi sensacional, ainda mais dentro de casa”, comemorou Chiappini, técnico do masculino e coordenador de polo aquático do Pinheiros.
Na Liga PAB de 2018 os homens foram campeões e as meninas ficaram em terceiro lugar. No Brasil Open deste ano, o feminino ficou com o título enquanto o masculino foi vice-campeão. “A final das meninas foi tensa, contra um adversário tradicional. O Flamengo neutralizou nossos pontos fortes e erramos muito no ataque. Nos pênaltis, a Tathi brilhou. A Gabi Mantelatto ainda fez uma grande partida. Foi decisiva”, elogiou Chiappini.
Intensidade e volume – Os jogos contra o Sesi-SP no masculino, tornaram-se um duelo à parte nesta temporada. O Sesi-SP venceu o Brasil Open sobre o Pinheiros, que deu o troco recentemente para conquistar o título paulista. “Nosso time completo é outra história. Posso intensificar a pressão na marcação em rodízio evitando que um jogador seja excluído da partida”, analisou Chiappini.
O Pinheiros iniciou a decisão com um jogo inferior em relação ao rival e aos poucos foi evoluindo. “Encontramos o ritmo a partir do terceiro quarto e matamos o jogo. O Sesi não teve força para aguentar nosso volume. Rafael e Gustavo (Grummy) dão intensidade ao time, mas não posso deixar de reconhecer que o pessoal que roeu osso o ano inteiro também correspondeu. Egon foi muito bem nos playoffs”, afirmou Chiappini.
O treinador do Pinheiros viu os títulos como fator de motivação para os futuros atletas do polo aquático. “A arquibancada lotada fez os nossos times ainda mais fortes. A molecada da base ficou louca vendo seus ídolos, de perto, serem campeões brasileiros”, concluiu Chiappini. O torneio é organizado pela Liga Polo Aquático Brasil, com os apoios da CBDA – Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, via Lei de Incentivo ao Esporte, e do CBC – Comitê Brasileiro de Clubes.