Em seu primeiro ano de seleção adulta, Beatriz Souza que iniciou no esporte tendo o pai como exemplo, participará do seu primeiro Mundial
Sendo a caçula da família, Beatriz Souza teve o exemplo em casa, pois seu pai praticava judô. Assim como muitas crianças, era uma menina cheia de energia e a prática da modalidade foi vista como uma alternativa de gastar um pouco de esta disposição. Ali nascia uma nova judoca, já que desde então ela não parou mais.
“Comecei a fazer judô na Associação Budokan de Peruíbe, sendo minha cidade natal. Fiquei lá até os meus 13 anos, quando vim morar em São Paulo. E chegando aqui fiquei um ano na Sociedade Esportiva Palmeiras e depois fui para o Pinheiros, onde já estou há cinco anos”.
A saída precoce de casa, apesar de ter sido difícil no começo, vale a pena para Bia, que desde que chegou no Pinheiros, tem evoluído cada vez mais e gradualmente conquistando seu espaço na modalidade. O ano de 2018, particularmente, tem sido bem produtivo para a jovem judoca.
“Sênior no individual é o meu primeiro mundial, mas já lutei o mundial por equipes sênior e tenho medalhas dos mundiais Júnior (2017), onde fiquei em terceiro lugar e no Juvenil (2015), onde também fiquei em terceiro. 2018 está sendo um ano ótimo para mim, de muita superação, com muitos treinamentos internacionais e com a conquista da vaga para este Mundial”.
Beatriz defende a categoria pesado feminino ao lado de outra colega de equipe, que já é veterana na seleção, Maria Suelen Altheman. Ela segue confiante e acredita que este pode ser um passo importante para chegar cada vez mais perto de uma vaga em 2020. “Estou muito confiante e muito determinada para lutar e conquistar essa vaga pra 2020”.
Paralelo a carreira de judoca, Bia se dedica a outra atividade, mostrando que nem só de educação física e áreas correlatas, vive um atleta. Atualmente ela está cursando estética e cosméticos. “Sempre gostei muito de estética, costuma assistir vídeos sobre o assunto e fui me interessando cada vez mais, então resolvi estudar”.
Pinheiros no Mundial de Baku 2018
Dos 22 atletas convocados para representar o Brasil no Campeonato Mundial de Baku, que acontecerá na capital do Azerbaijão no período de 20 a 27 de setembro, nove são do Esporte Clube Pinheiros, sendo seis no masculino e três no feminino.
Eric Takabatake (60kg) foi o pinheirense com o melhor desempenho até o momento, terminando em sétimo lugar. Ele venceu três lutas nas preliminares, mas caiu nas quartas e na repescagem pelo bronze. Na mesma categoria, Phelipe Pelim que disputou o seu segundo Campeonato Mundial, acabou não conseguindo passar da primeira luta, depois de sofrer três punições contra o espanhol Francisco Garrigos.
No ligeiro feminino, Gabriela Chibana que participou do Mundial pela primeira vez, estreou bem, com vitória por ippon sobre a sul-africana Geronay Whitebooi. Na segunda rodada, também não se intimidou diante da medalhista olímpica e mundial, Otgontsetseg Galbadrakh, e projetou a cazaque por waza-ari logo nos primeiros minutos de luta. A adversária, contudo, consegui forçar três punições à Chibana e avançou às quartas-de-final.
Charles Chibana também disputou na última sexta-feira (21), mas acabou não avançando de sua segunda luta. No domingo será a vez do pinheirense Eduardo Yudy fazer a sua estreia nos tatames, tentando trazer o primeiro pódio masculinho para a seleção brasileira.
Confira a lista de judocas do Pinheiros (Disputas individuais e por equipes)
Seleção Masculina
Eric Takabatake (60kg) – ficou na 7ª colocação
Phelipe Pelim (60kg) – não avançou da primeira rodada
Charles Chibana (66kg) – parou na segunda rodada
Eduardo Yudy Santos (81kg)
Rafael Silva (+100)
Seleção Feminina
Gabriela Chibana (48kg) – parou nas oitavas-de-final.
Maria Suelen Altheman (+78kg)
Beatriz Souza (+78kg)
Convocados apenas para a competição por Equipes Mistas
Marcelo Contini (73kg)