Na Alameda, espaço recém-inaugurado do Pinheiros, Cielo falou sobre sua atuação, que lhe rendeu o título de brasileiro com maior número de medalhas em mundiais e Breno Correia, Luiz Altamir e Leonardo dos Santos sobre a conquista do recorde mundial;
Na última semana, a natação brasileira escreveu mais uma página da sua história no cenário mundial. A delegação do país, viajou a Hangzhou, na China, para a disputa do Mundial de Piscinas Curtas 2018. Reunindo desde nadadores experientes até jovens promessas que participaram pela primeira vez de um mundial, a seleção contou com 13 atletas do Pinheiros, entre eles Cesar Cielo, um dos ídolos da natação brasileira. No total, a delegação brasileira foi composta por 20 nadadores, o que significa que o Clube representou 65% da equipe.
Na manhã desta quinta-feira (20) o Esporte Clube Pinheiros realizou em um de seus espaços gastronômicos recém-inaugurados, a Alameda, um encontro entre a imprensa e nadadores pinheirenses, que retornaram da China com motivos extras para comemorar o encerramento de 2018.
Logo no primeiro dia de competição, Cielo fez parte do revezamento 4x100m livre, que era 100% do Pinheiros, contando também com Matheus Santana, Marcelo Chierighini e Breno Correia, que conquistou o bronze. Com o resultado, ele sagrou-se como o brasileiro com maior número de medalhas em campeonatos mundiais, ultrapassando (em números) o velejador Robert Scheidt, que até então tinha 17 medalhas. O velocista das piscinas, reafirmou ainda mais o título ganhando outro bronze com o revezamento 4x50m medley, ao lado de seu companheiro de equipe Guilherme Guido, totalizando agora 19 medalhas mundiais em sua carreira.
Outro grande momento da competição, foi protagonizado por jovens nadadores do Pinheiros, com o revezamento 4x200m livre. Luiz Altamir, Leonardo dos Santos e Breno Correia, fizeram parte da prova conquistando não só o ouro, mas atingindo o recorde mundial. O resultado não só colocou a natação brasileira na vitrine mundial, mas também comprovou a força da equipe do Pinheiros, que realiza um trabalho completo e focado na formação, há vários anos, tradicionalmente sendo o Clube que mais contribui com o fornecimento de atletas para as delegações.
Cielo avaliou o Mundial e disse ter sido um dos melhores que já participou. Abordado sobre uma possível aposentadoria, disse ainda não ter uma definição sobre quais serão os seus próximos passos.
“Eu pretendo conversar com a minha família e sentir agora no período das férias, se eu vou sentir falta das piscinas. A rotina de atleta é cansativa e hoje a natação não é a minha principal fonte de renda, mas se vocês me perguntarem hoje, neste retorno do Mundial se eu e ainda continuaria, eu com certeza diria que sim e me motivaria a buscar outras novas conquistas, brinca o campeão olímpico.
Sobre o legado que vai deixar para os nadadores ele ainda completa. “Sempre que possível eu dou um toque para os meninos, tendo motivar, mas este resultado que vimos no Mundial é mérito totalmente deles, pessoas que são recordistas mundiais, não chegaram lá por acaso. Fico feliz em saber que mesmo eu parando, a natação brasileira ainda continua sendo muito bem representada”.
Foi a primeira participação em Mundiais, para Breno Correia e Leonardo dos Santos. Com apenas 19 anos, Breno foi com certeza um dos grandes destaques da competição, tendo atuado em dois revezamentos que medalharam, além de um resultado expressivo na sua prova individual, ficando em 5º lugar nos 200m livre.
Head coach da natação do Pinheiros, Alberto da Silva (Albertinho), reforça a qualidade da atual equipe de revezamento, dos quais a maiorias das “peças” fazem parte do Clube. “O Pinheiros acaba realmente chamando atenção e se diferenciando dos demais Clubes, isso inclusive no cenário mundial, pela grande quantidade de atletas concentrados em um mesmo lugar, com um altíssimo nível”.
Albertinho se refere ao fato de além de Cielo, Marcelo Chierighini, Matheus Santana e Breno Correia, todos praticantes do nado livre que estiveram no Mundial, o Clube ainda contar com Gabriel Santos e Pedro Spajari, que também figuram entre os principais nomes da natação brasileira da atualidade. Gabriel e Spajari inclusive estiveram no Rio de Janeiro esta semana, para o Prêmio Brasil Olímpico, pela atuação no Pan-Pacífico, onde conquistaram o ouro na prova de 4x100m livre. Chierighini também fez parte desta equipe, mas não conseguiu ir no evento de premiação.
Crédito das fotos: Ricardo Bufolin/ECP
