Por que escolheu estudar Fisioterapia? O que o motivou? E o porquê a fisioterapia desportiva?
Sempre gostei da área da saúde. Na época em que estava fazendo cursinho, a Fisioterapia estava em alta. Comecei a pesquisar sobre a profissão e me identifiquei.
Logo que entrei na Faculdade já sabia que queria trabalhar e me especializar na área esportiva, pois sempre fui apaixonado pelo esporte.
Como começou a sua história no Esporte Clube Pinheiros?
Comecei minha história no Pinheiros em 2006. Naquele ano, o campeonato paulista era disputado em formato de Grand Prix, ou seja, 4 equipes disputariam um quadrangular com semifinal e final em uma determinada cidade. Nesse ano eu já era Fisioterapeuta da equipe de São Caetano e ficamos hospedados junto com a delegação do Pinheiros. O clube na época não tinha um profissional que acompanhasse sempre nas viagens e competições. Foi quando o técnico do Pinheiros na época (Airton Cabral) pediu para que eu atendesse uma atleta que estava machucada. Realizei o atendimento, a atleta conseguiu jogar e o Pinheiros ainda ganhou de São Caetano. Meses depois, sai do São Caetano e fui contratado em dezembro do mesmo ano pelo clube.
Fico muito orgulhoso por ter sido o primeiro fisioterapeuta esportivo do alto rendimento do Esporte Clube Pinheiros.
Trabalhei também no Basquete adulto, Natação e Handebol ajudando a mostrar a importância da atuação da Fisioterapia Esportiva e abrindo as portas para os meus futuros colegas.
Atualmente você atua em qual modalidade? Como é fazer parte da equipe, o dia a dia com os atletas?
Voleibol Feminino.
Só tenho a agradecer por fazer parte dessa equipe e desse Clube gigante. Você tem que amar muito isso tudo, porque muitas vezes você abdica de momentos importantes da vida para estar presente com a equipe. São finais de semana, feriados e até mesmo as festas de final de ano. Muitas vezes tem que ser colocadas de lado em prol do trabalho.
Quais foram as principais competições que já acompanhou?
Superliga (vôlei)
Copa do Brasil (vôlei e handebol)
NBB (basquete)
Troféu Maria Lenk (natação)
Um momento ou alguns momentos memoráveis na sua carreira?
Foram muitos momentos inesquecíveis:
* Quando fui contratado pelo Pinheiros
* Bi Campeão Paulista 2009/2010
* Campeão da Copa do Brasil 2015
* Primeira convocação para a Seleção Brasileira (2010)
* Coordenador da Fisioterapia da seleção de Camarões no período preparatório para as Olimpíadas do Rio de Janeiro
Um fisioterapeuta, assim como um preparador físico, o técnico ou outro membro que faça parte de uma equipe multidisciplinar, vibra e comemora as conquistas dos atletas como se fossem sua? Como é lidar com este sentimento em um ambiente de competição?
Com certeza! Ainda mais quando a atleta está voltando depois de alguma lesão. Vibramos muito, porque é nesse momento que tudo faz valer a pena!
Qual é o maior desafio em ser um fisioterapeuta do esporte? E qual é o diferencial?
O Fisioterapeuta esportivo é extremamente determinado. Não tem hora e nem lugar para cuidar dos nossos atletas. Fazemos de tudo para que o atleta volte o mais rápido possível a desempenhar o seu trabalho. Acredito que esse seja o nosso diferencial…temos habilidade e determinação necessárias para uma reabilitação rápida e plena do atleta.
Você tem algum protejo paralelo ao Clube? Conte como é.
Faço atendimentos Home Care;
Sou sócio de uma empresa de Fisioterapia onde atuamos no espaço LIV;
Para finalizar, deixe um recado para quem quer ser um fisioterapeuta. Que dicas daria?
A dica que eu dou é se empenhar ao máximo. Estude e trabalhe muito que as coisas aconteçam. E acima de tudo ame o que você faz, caso contrário poderá se frustrar no caminho.
