A líbero Letícia Hemelly Gomes, de 23 anos, nasceu em Bauru e conta na entrevista, que gostava de jogar futebol
O vôlei foi o primeiro esporte que você começou a praticar?
Não. Eu brincava bastante de futebol com meus primos na chácara que morava, nas confraternizações, jogar bola sempre fazia parte da brincadeira em família.
Começou a jogar vôlei profissional com quantos anos?
Eu cheguei no vôlei através de amigos de escola com onze anos, me chamaram para treinar no Projeto Futuro da prefeitura de Bauru. Fui sem compromisso, sempre comentavam que eu tinha o porte de atleta.
No primeiro dia de treino, ainda estava envergonhada por não conhecer ninguém. A técnica percebeu meu potencial logo de início, comecei os fundamentos do dia a dia, quando percebi já estava treinando pra valer voleibol com a “turma mais avançada.”
Com treze anos fui convidada para treinar com o Vôlei Bauru, daí eu percebi que o vôlei seria minha profissão. Tinha que conciliar escola com treinos, tinha dias que ficava sem comer para treinar, literalmente. A partir desse momento as coisas foram fluindo e com muito esforço passaram a dar certo.
Passou por quais Clubes?
Fiz minha categoria de base de verdade em Taubaté, no Vôlei Bauru eu pulei etapas e já fui treinar com o adulto.
Depois das minhas passagens por Bauru, Taubaté, tive a minha primeira passagem no Esporte Clube Pinheiros em 2014, 2015 fui emprestada para jogar na Superliga B, defendendo a equipe de Cascavel no Paraná.
Voltei para o Pinheiros na categoria juvenil. Subi para completar a equipe adulta em 2016
O que te motivou jogar no Pinheiros?
Pra ser sincera? Eu amo esse Clube. Tenho uma identidade muito forte aqui, lembro que no começo de 2010, fiz um teste no Pinheiros, eu até iria ficar, mas na época não tinha moradia para minha categoria. Falaram que eu era muito boa, mas não tinha moradia pra mim.
Saí do teste arrasada e triste, pensando, como um Clube tão grande, não tem dinheiro para dar suporte para um atleta.
Naquela inocência de criança, repetia que nunca jogaria no Pinheiros. “Eu vou ser muito boa e não vou querer jogar nesse Clube.” Daí queimei a língua (risos).
Hoje eu sou apaixonada pelo Pinheiros, amo conviver com as pessoas, desde o Régis (Zelador do Poliesportivo) até a Diretoria. Tenho orgulho de fazer parte da família pinheirense.
Pós vôlei, o que você pretende fazer? Tem algum plano em mente já?
Fiz dois anos de Fisioterapia, mas tive que trancar, pois não consegui conciliar com os treinos. Meu plano é seguir na linha esportiva. Quem sabe algo na Secretaria de Esportes em Bauru.
Jogo rápido:
Descreva você em uma palavra: Raça.
O que você odeia: Injustiça.
Família é: Tudo.
Comida preferida: Mandioca com bife acebolado.
Time do Coração: São Paulo FC.
Ídolo no Esporte: Fabi (vôlei).
Sonho: Ser o orgulho da minha família.
O que te inspira: Minha família.
De olho na temporada!
A minha expectativa para próxima temporada é a melhor possível. Acredito que podemos alçar voos mais altos com a equipe.