por Jackson Lee
Na antiguidade, o famoso filósofo Platão definiu o homem como “bípede sem penas”. Talvez esta definição não seja muito feliz, mas enfatiza a condição de nossa sustentação por duas pernas, o que torna nossa postura essencialmente instável. Ao nos movimentarmos, nosso centro de gravidade é continuamente deslocado, saindo frequentemente fora da base de suporte formada pela estreita faixa entre os pés.
Esta sensação de instabilidade não nos incomoda no dia-a-dia, graças ao equilíbrio proporcionado por um complexo sistema formado por: (1) elementos sensoriais, em especial a Visão e o Labirinto (também conhecido por aparelho vestibular); (2) força e flexibilidade do Sistema Músculo-Esquelético; e (3) coordenação motora, comandada pelo cérebro.
Infelizmente, com o avançar da idade, todos os componentes deste sistema passam por inevitável processo de degradação. Os músculos, por exemplo, alcançam maturação ao completamos 25 anos de idade, quando tem início o processo de perda da massa muscular. Estima-se perda de 5% por década até os 50 anos e, a partir daí, a degradação acelera para 10% a cada década.
A palavra-chave para combater este quadro é a prática continuada de exercícios físicos. Renomadas entidades, entre as quais a Harvard Medical School (Boston, EUA), têm recomendado o Tai Chi Chuan (TCC) por seus efeitos positivos em todos os aspectos que contribuem para nosso equilíbrio. Além disso, o TCC não apresenta restrições para sua prática, mesmo entre pessoas idosas com fator de risco.
Retornemos ao exemplo de perda da força muscular. Muitas pessoas, ao observar os movimentos lentos e suaves do TCC, não percebem os benefícios que eles trazem para o fortalecimento dos músculos, em especial os das pernas. Estudo realizado no Japão concluiu que o TCC traz melhora de 30% na força muscular dos membros inferiores, em comparação com pessoas sedentárias. Este benefício também se aplica aos membros superiores, na ordem de 25%.
Vale salientar que o TCC apresenta vantagens adicionais em relação a outros exercícios físicos. Durante a prática de TCC estaremos sempre em movimento, ou seja, o equilíbrio é dinâmico, com foco permanente no nosso centro. A respiração abdominal desloca para baixo nosso centro de gravidade, condição que nos torna mais estáveis.
Os praticantes avançados de TCC conseguem aumentar ainda mais sua estabilidade aplicando a técnica de “enraizamento”: os pés ficam firmemente grudados no chão, como ventosas, e a força de gravidade é centrada no ponto de acupuntura denominado “Fonte Borbulhante” (Ponto K1 do Meridiano do Rim) e localizado na sola dos pés.
Além dos benefícios físicos, há os benefícios mentais e emocionais. O melhor modo de experimentá-los é PRATICAR!
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