A judoca do E.C. Pinheiros, Beatriz Souza, é campeã Olímpica! A Pinheirense venceu na final a israelita Raz Hershko ao aplicar um Waza-ari faltando 2:43 para o término da luta, nesta sexta-feira, 2 de agosto, na Arena Campo de Marte, pelas Olimpíadas de Paris 2024, na categoria +78kg. É a primeira medalha de ouro do Brasil nesta edição.
“É inexplicável, uma das melhores coisas do mundo!” disse em entrevista à TV Globo, visivelmente emocionada. Quando perguntada sobre o fato da família ter ficado no Brasil, Bia completou: “Deu certo e pelo jeito não vai vir mesmo nas próximas”, brincou.
Na sequência Bia falou com seus familiares por vídeo chamada: “Eu consegui! Deu certo mãe. Pai, eu consegui. Tia eu consegui! Foi pela vó. É para vó, mãe. Eu amo vocês mais que tudo, muito obrigada”, disse emocionada.
Sobre vitória, Bia destacou o trabalho feito no dia a dia. “Eu só fiz o que a gente vinha treinando todos os dias e quando eu falo que é uma vida por um dia, é verdade, porque a gente abdica de tanta coisa para chegar até aqui e quando a gente conquista isso, trás a medalha, é campeã olímpica, faz tudo isso valer a pena. Abrir mão de tudo o que o que eu abri, valeu a pena!”, destacou.
Depois, desejou mais conquistas para os brasileiros. “Que venham muito mais medalhas e vamos continuar torcendo para a galera”, finalizou.
Beatriz Souza entra para a história do Pinheiros como a segunda atleta medalhista de Ouro em Olimpíadas, alcançando o feito de César Cielo em Pequim 2008.
Trajetória – Bia estreou contra a argentina Izayana Marenco e aplicou um Ippon com menos de um minuto e venceu o combate. Nas quartas, enfrentou a sul-coreana Hayun Kim: a luta foi decidida no Golden Score, após revisão da arbitragem, que deu decisão à favor de Bia, após um Waza-Ari de contra-ataque. “Bia teve total controle de mudar a direção”, explicou a comentarista do SporTV e sensei do E.C. Pinheiros, Suelen Altheman.
Na semifinal, contra a número 1 do mundo, a francesa Romane Dicko, Beatriz Souza fez um combate consistente e aplicou um Ippon na disputa do Golden Score, para vencer a luta. “Bia foi intensa e taticamente perfeita”, comentou o sensei e head coach do Pinheiros, Leandro Guilheiro, durante transmissão no SporTV.
Na final, faltando 2:43 para o término do combate, Beatriz Souza abriu o placar ao aplicar um Waza-ari sobre a adversária. No decorrer do combate, as atletas ainda levaram duas punições, mas o tempo se esgotou e Beatriz conquistou o título olímpico.
Beatriz Souza se junta a um seleto grupo de judocas medalhistas Olímpicos do Pinheiros
Com a medalha de ouro, Bia se tornou a sexta judoca medalhista olímpica pelo Pinheiros. Confira a lista:
Douglas Eduardo Brito Vieira – Prata (Los Angeles – 1984)
Leandro Guilheiro – Bronze (Pequim 2008)
Rafael da Silva, o Baby – Bronze (Londres 2012 e Rio 2016)
Willian Lima – Prata (Paris 2024)
Larissa Pimenta – Bronze (Paris 2024)
Beatriz Souza – Ouro (Paris 2024)
Ficha Técnica – Beatriz Souza
Nome completo: Beatriz Rodrigues de Souza
Data de Nascimento: 20/05/1998
Cidade de Nascimento: Itariri – SP
Altura: 1.78m
Kumikata: Destra
Técnicas favoritas: Harai-goshi e Osoto- gari
Clubes que já representou: Associação Budokan de Peruíbe e Sociedade Esportiva Palmeiras
Treinadores no clube: Leandro Guilheiro, Suelen Altheman, Marcelo Contini e Denilson Lourenço
Treinadora na seleção: Sarah Menezes
Com quantos anos e como começou a praticar judô?
07 anos, com o incentivo do meu pai, por ser uma criança muito imperativa.
Me levou pra assistir a um treino de judô e foi onde me apaixonei pelo o esporte
Nome do/a primeiro/a sensei e primeira academia:
Wagner Silva / Associação Budokan de Peruíbe
Já praticou outras modalidades esportivas? Quais?
Natação
Tem familiares judocas? Se sim, em qual grau de parentesco e quais os nomes:
Sim, meu pai Poscedonio José de Souza Neto
Tem alguma luta ou momento que marcou sua carreira? Conte um pouco sobre isso:
Minha primeira medalha em campeonato mundial sênior, um sentimento incrível e o sentimento de que seria a primeira de muitas.
Qual foi sua primeira competição pela Seleção Sênior:
Open na Eslovênia 2017
Curiosidades:
Talento escondido: cozinhar (pratos salgados e bolo)
Música mais tocada no seu Spotify: Trap e Rap
Ídolo de outro esporte: Arthur Nory – Ginástica
Comida que não come de jeito nenhum: fígado
Lugar mais longe que visitou: Austrália
Mais inusitado: Bahamas